Odeio escrever. Não, é sério: odeio escrever! Coisa mais chata... enjoada. Não tem a mínima graça para o escritor escrever, porque tudo o que acontece na história, ou seja lá no que for, ele já sabia antes, afinal, foi ele que criou aquilo tudo. Não há nenhuma novidade no ato de escrever.
O legal mesmo é ser leitor. Cada nova frase é uma idéia nova que, se o texto for bom, “nunca iríamos imaginar”. Não há nada de cobrança de fãs. Não há nada alfinetada de críticos. Como é difícil ter talento! O bom mesmo é ser inapto, digo, leitor.
Ok, estava (na maior parte) brincando. Até porque, não diria o contrário para não perder o público, mas, todos sabemos, escrever é um saco. Ainda mais se tem-se um prazo a ser cumprido ou uma data específica para entrar o texto (como ocorre com os malditos blogs). Mesmo assim, todos nós também sabemos, essa é uma ação muito prazerosa e recompensante, uma vez que, com ela, você consegue explanar suas idéias e, com sorte, convencer alguém de que elas estão certas.
Apesar de ser uma tarefa exaustiva, o ato de escrever possibilita a nós, pobres escritores, a chances de mostrar o mundo segundo a ótica daqueles que nele vivem, podendo assim, criticá-lo enaltece-lo, ou, até mesmo, mudá-lo.
Sem “falsa-arrogância” e brincadeiras agora, escrever é uma das melhores coisas que existem e abre muitos caminhos, todos eles, infinitos. A única coisa que torna a escrita chata é a falta inspiração. Coisa que não tenho hoje.